Núcleo de Estudos do Envelhecimento
Apresentação
Sem dúvida alguma o Brasil vem perdendo, em ritmo acelerado, a sua característica de país jovem. As estatísticas vêm sinalizando mudanças sem precedentes no perfil da população brasileira, com a constatação de aumento do número absoluto de pessoas idosas e diminuição dos índices de mortalidade e fecundidade. O incremento na esperança de vida tem feito com que a sociedade brasileira chegue rapidamente à maturidade demográfica. Hoje, já temos 14,5 milhões de pessoas com mais de sessenta anos, e podemos superar os 33 milhões nos próximos quinze anos, condição que nos coloca entre os seis países mais velhos do mundo.
A velocidade com que essas mudanças acontecem é especialmente evidenciada nas estruturas econômica, social e política do País, dos Estados e dos municípios, despreparados para absorver, sem transtornos, o fenômeno do envelhecimento populacional.
As repercussões desse processo extrapolam a configuração individual e alcançam as esferas familiar, do mercado de trabalho, do transporte, da saúde, da educação. A preocupação não é só do e com o indivíduo que envelhece, nem só da sua família, mas passa a ser do conjunto da sociedade, uma vez que todos - pessoas e instituições - são afetados.
Dentre essas instituições está a Universidade, a quem cabe não apenas o papel de promover e socializar o conhecimento e, por sua natureza, atentar para a realidade na qual está inserida, identificando necessidades, mas propor alternativas promocionais ao desenvolvimento pessoal e social dos vários segmentos, incluindo o idoso.
Nesse sentido, a Universidade Estadual de Santa Cruz inseriu desde 1997, como tema de ação efetiva, o envelhecimento e a velhice. Trabalhando com extensão, pesquisa e ensino, mantém na sua estrutura o Núcleo de Estudos do Envelhecimento , responsável pela pesquisa, ensino de pós-graduação, socialização do conhecimento produzido, através da Revista Memorialidades e pela criação da Universidade Aberta à Terceira Idade.
