Identidade Cultural e Expressões Regionais - ICER
Projetos em Andamento
LITERATURA E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL – EXPRESSÕES E TRÂNSITOS
Autora/pesquisadora: Maria de Lourdes Netto Simões, Dra
Resumo: ocupa-se da literatura, das expressões culturais que ela veicula e, entendendo-as enquanto patrimônio, opera-as para o processo de leitura enquanto fruição educativa. Trazendo para a cena autores regionais, em revisionamento da produção literária sul-baiana, com atenção aos direitos culturais (TEIXEIRA COELHO, 2011) e considerando a literatura como um guia de viagem (SIMÕES, 2009), a pesquisa busca identificar, nos textos em estudo, possibilidades de estratégias de leitura valorizadoras das expressões relacionadas a patrimônio, sustentabilidade, ética e cidadania. Busca ainda, na linguagem literária, mapear elementos culturais para a rediscussão de bens simbólicos patrimoniais, suas ressignificações e reconfigurações, inclusive face à atividade turística e midiática e à potencialidade da literatura enquanto provocadora de trânsitos.
Palavras-chave: literatura, patrimônio, trânsito, fruição textual
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TEIAS TRANSTEXTUAIS NA CIDADE-ROMANCE: REPRESENTAÇÕES SEDUTORAS DA TERRA DA
GABRIELA A PARTIR DE JORGE AMADO
Autora/ Pesquisadora: Jane Kátia M. Badaró Voisin — doutoranda UESC/ Univ. de La Rochelle, França.
Orientador: Prof. Dr.Guy Martinière / Co-orientadora: Profa. Dra.Maria de Lourdes Netto Simões
Resumo: Com alguns de seus romances mais conhecidos de meados dos anos 1950, o escritor baiano Jorge Amado levou ao mundo imagens sedutoras e pitorescas de um dos seus espaços ficcionais favoritos cujo referente explícito é Ilhéus, no sul do Estado. Tais retratos literários - que inventaram a cidade real (ROUDART, 1998) - deixam entrever traços de obras históricos, crônicas, artigos em periódicos, entre outros, e vão referenciar, por sua vez, um imenso conjunto de textos de natureza e estatuto genérico diversos que veiculam representações reiteradas da localidade, evocada como Terra da Gabriela e Cidade-Romance. O presente estudo - Teias transtextuais na cidade-romance: representações sedutoras da Terra da Gabriela a partir de Jorge Amado –, no contexto de pesquisa de doutorado em curso incluindo estudo similar sobre a cidade francesa de La Rochelle, se propõe a identificar um amplo leque de fontes, buscando examinar a complexa rede comunicacional tecida por interações discursivas aqui vistas como categorias da transtextualidade (GENETTE , 1992). Assim será sistematizado o percurso de tais representações, onipresentes na comunicação cultural e turística local e, portanto, com implicações na dinâmica da memória e projeções identitárias/imaginárias da cidade (URRY, 1999; CORBIN, 1993). Para abordar os textos e seus intercâmbios em fluxos comunicativos, toma-se a idéia do processo da comunicação, no universo a ser analisado, como uma orquestra sem maestro nem partitura (WINKIN, 2001), observando-se as questões da escrita da história (CERTEAU, 2002), as ressonâncias das imagens literárias no tripé patrimônio / memória / identidade (ANDERSON, 2008; HALL, 1999; NORA, 1997); LE GOFF, 1988), os problemas da “comunicação turística” (FRUSTIER,PERROY, 2004; BOYER,VIALLON, 1994). A pesquisa, inscrita no espaço da literatura comparada em sua feição contemporânea (CARVALHAL, 2006), deverá gerar um acervo sistematizado a ser disponibilizado para instâncias de interesse público atuando no desenvolvimento regional.
Palavras-chave: transtextualidade, imagem literária, rede comunicativa, Ilhéus
LITERATURA DE TESTEMUNHO - NARRATIVAS ORAIS DA LAGOA ENCANTADA DE ILHÉUS
Autora/ Pesquisadora: Mari Guimarães Sousa. Doutoranda na Universidade Federal da Bahia
Orientadora: Profa. Dra. Ana Rosa Ramos/ / Co-orientadora: Profa. Dra. Maria de Lourdes Netto Simões
Resumo: ocupa-se em investigar o imaginário das águas das comunidades ribeirinhas da Lagoa Encantada de Ilhéus/BA, que se manifesta através de narrativas orais transmitidas intergeracionalmente. Trata-se de narrativas que são re-elaboradas no cotidiano dessas pessoas, na intimidade com as águas da Lagoa Encantada, em sua labuta diária pela subsistência, nos prazeres e nos perigos aí enfrentados. Inserida no campo da literatura comparada, a pesquisa - em andamento - partiu da premissa de que as águas da Lagoa Encantada, assim como as matas em seu entorno e, especialmente, a Pedra da Arigoa, localizada no centro da lagoa, constituem referências miméticas para a potencialização de um imaginário que se insere na simbologia universal da água: o psiquismo hidrante é dinamizado pela força imaginante que contém o germe, o embrião da criação poética (BACHELARD, 1997). Por conseguinte, são narrativas que revitalizam formas mitológicas por apresentarem lugares e seres encantados das águas como o Biatatá, o Nego d’água, a Sereia, os peixes encantados, os barcos iluminados e os palácios submersos, dentre outras narrativas coletadas na primeira fase da pesquisa. Entendendo essas manifestações como bens simbólicos, o estudo aborda a literatura como um discurso ficcional múltiplo, tanto nas suas funções como nas suas formas (TODOROV, 1980). Tal amplitude de conceito possibilita tomar a Literatura de Testemunho, enquanto gênero, como um discurso cultural de valor estético sem, no entanto, perder de vista o seu caráter representativo cuja estrutura se baseia em um processo explícito de mediação entre pesquisador e entrevistados. Ou seja, a dimensão extra-literária dos relatos necessariamente adquire importância no âmbito das análises propostas. Com metodologia apoiada em pesquisa bibliográfica e de campo para a recolha dos relatos através de entrevistas conversacionais (ANDRADE, 1999), direcionadas para a temática em foco, o estudo fundamenta o tratamento dos relatos na perspectiva do testemunho nas concepções de MOREIRAS (2001), enquanto formas primárias de manifestação cultural, e de RAVETTI (2001) enquanto “performances autoficcionais” em que a literatura se expõe como forma de vida; em ISER (1996) para o entendimento da articulação entre o fictício e o imaginário; em BACHELARD (1997, 2001, 2008, 2009) e ELIADE (1991, 2007, 2008) para a interpretação simbólica das águas; e em ZUMTHOR (2000) sobre as questões inerentes à performance, centrada no jogo de expressão e percepção entre o contador e o(s) receptor(es) no ato imediato da comunicação.
Palavras-chave: imaginário das águas, literaturas da voz, bens simbólicos, poética da oralidade
ESPAÇOS ALTERADOS: LITERATURA E PAISAGEM NAS REGIÕES GRAPIÚNA E ANDALUZA
Autor/ Pesquisador: George Hamiltom Pellegrini – doutorando na Universidade de Sevilla
Orientador: Prof. Dr. Manuel Ángel Vazquez Mendel, Dr / Co-orientadora: Profa. Dra. Maria de Lourdes Netto Simões.
Resumo: trata da literatura, da paisagem e das representações modificadas pelas identidades, traduções e tradições (BHABHA, 1998; HALL, 2003). Tomando a literatura como código artístico que representa a paisagem (MADERUELO, 2005; SANTOS, 2006), através do filtro identitário e cultural, pesquisa os registros de paisagens na literatura da região cacaueira da Bahia (Adonias Filho e Jorge Amado) e região andaluza, na Espanha (Federico Garcia Lorca e Juan Ramón Jiménez). Pretende observar as paisagens representadas nas obras com as paisagens atuais “reais”, a serem registradas, por sua vez, através de descrições textuais, ilustrações e fotografias. Busca identificar os níveis de alterações e permanências nos contornos paisagísticos, em cada uma das regiões, com o fim de subsidiar e apoiar políticas e ações de sustentabilidade ambiental, cultural e turística na perspectiva de que a paisagem se inscreve no patrimônio local, tanto material quanto imaterial. Busca, ainda, teorizar sobre as imagens mentais que processa o leitor/pesquisador quando confronta as paisagens literárias registradas na literatura, na memória e as paisagens atuais percebidas in loco.
Palavras-chave: Paisagem literária, memória, representação, identidade.
SABERES E FAZERES GRAPIÚNAS: MAPAS E MEDIAÇÕES ENTRE LITERATURA E
ARTESANATO PARA O DESENVOLVIMENTO
Autora/Pesquisadora: Aline de Caldas Costa, Ms
Resumo: objetiva compor um mapa de fazeres artesanais da região sulbaiana a partir da identificação de mediações entre descrições de modos de fazer históricos - presentes na literatura regional - e os modos de fazer em operância entre mestres do saber popular contemporâneos, com vistas a contribuir com a comunicação e divulgação desse patrimônio imaterial e com o debate sobre desenvolvimento e direitos culturais. O estudo se lastreia nos conceitos de geografias literárias (SIMÕES, 2003), mediações entre comunicação e cultura (BARBERO, 2004), patrimônio imaterial (UNESCO, 2003) e saberes artesanais na perspectiva da ação e do processo (ARENDT, 2010). Prevê a organização de publicação impressa, em formato de mapa cultural, expositor do diálogo entre literatura e artesanato.
Palavras-chave: fazer cultural, literatura, criação artesanal, sustentabilidade
MANIFESTAÇÕES DAS CULTURAS POPULARES NA LITERATURA REGIONAL: DA REPRESENTAÇÃO À AÇÃO
Autora/ Pesquisadora: Juliana Menezes, Ms
Resumo: pretende analisar, numa perspectiva comparativista e culturalista, manifestações das culturas populares – rituais e festejos religiosos e profanos - presentes na literatura de Jorge Amado, Ruy Póvoas e Sosígenes Costa, cotejando-as com as manifestações vivenciadas ainda hoje por diversos segmentos sócio-culturais na cidade de Ilhéus. Vistas como processos de re-significação, real e simbólica, que se faz do trabalho e da vida cotidiana (CANCLINI, 1983), as culturas populares estão intimamente ligadas às condições de trabalho, crenças e religiosidades que são manifestadas de diferentes formas nas festividades, que abrange uma variedade de saberes e fazeres que inclui desde as vestimentas à culinária, além de outros aspectos. Os escritores em questão apresentam imagens literárias marcantes de referências culturais e identitárias da região Sul da Bahia, tornando possível traçar um mapa de natureza imaterial das manifestações populares da cidade de Ilhéus. Assim, tal investigação poderá contribuir para o reconhecimento e valorização desses componentes referenciais, tomando a literatura como elemento cultural que influencia e é influenciada pela história (SIMÕES, 1998) e, ao abordar os autores mencionados por uma nova ótica e numa nova interação, contribuir com a visibilidade de atores que mantêm vivas e renovadas as culturas populares da região. Desse modo, pretende-se discutir as inter-relações entre literatura (ISER, 1996; SIMÕES, 1998), cultura (GEERTZ, 2008), culturas populares, hibridação cultural (CANCLINI, 1983, 2000) e identidade (HALL, 1999). A metodologia consiste em pesquisa bibliográfica para a identificação de manifestações populares rastreadas num corpus tirado de textos ficcionais dos autores regionais indicados, e pesquisa de campo através de entrevistas conversacionais (ANDRADE, 1999) a integrantes de grupos informais ou instituídos atuantes na cidade. O projeto terá como resultado final um documentário sobre o tema, esperando construir novos conhecimentos para a re-valorização dessa vertente da cultura local. Trata-se, portanto, de uma reflexão teórico-crítica sobre a relação literatura, identidade e culturas populares com vistas à afirmação de elementos específicos da identidade cultural local.
Palavras-chave: festas populares, representações literárias, identidade cultural
A LITERATURA SULBAIANA COM TEMPERO: ESPECIARIAS E CONFIGURAÇÕES CULTURAIS
Autora/ Pesquisadora: Mércia Socorro Ribeiro Cruz, Ms
Resumo: busca identificar e interpretar a presença de especiarias na obra dos escritores regionais Jorge Amado, Ruy Póvoas, Sosígenes Costa e Adonias Filho. Para tal, a pesquisa realizará um levantamento dos momentos e circunstâncias ficcionais em que são convocados esses elementos fundamentais da cozinha baiana em geral – pimentas, cravo, canela e grande variedade de ervas, sementes e outros aqui genericamente denominadas de temperos ou especiarias. O estudo toma a culinária como um elemento de pertencimento, relacionando-a à identidade cultural (HALL, 2004) e ao patrimônio gastronômico, nesse caso, do Sul da Bahia, analisando, assim, aspectos antropológicos vinculados à memória individual e coletiva (HALBWACHS, 1990). A cultura é aqui vista na perspectiva da ciência interpretativa de GEERTZ (1989) e, também, como recurso para o fortalecimento do tecido social (YÚDICE, 2006). Desse modo, as especiarias usadas desde há muito nas práticas culinárias regionais e apresentadas/representadas no espaço ficcional em foco, são abordadas como bem cultural local que surge da experiência de viver, morar e cozinhar traduzidas em seu cotidiano (CERTEAU, 2008). Com tal análise, espera-se uma mais ampla compreensão das raízes, reconfigurações e implicações culturais do perfil gastronômico regional, visando a contribuir com a sua sustentabilidade nos novos contextos dentre os quais se situa o interesse turístico sobre o tema.
Palavras-chave: patrimônio literário, cultura, gastronomia; identidade; memória.
RIO DO ENGENHO EM TEXTOS FALADOS: REFERÊNCIAS IDENTITÁRIAS, PATRIMÔNIO
IMATERIAL E SUSTENTABILIDADE EM COMUNIDADE RURAL (ILHÉUS-BAHIA)
Autora/Pesquisadora: Gisane Souza Santana, Esp
Resumo: busca identificar o patrimônio cultural dessa localidade histórica em zona rural e desenvolver reflexões sobre as suas potencialidades, por meio das práticas simbólicas e expressões orais – narrativas, relatos e depoimentos. A pesquisa será desenvolvida na perspectiva culturalista e comparatista e se fundamentará nos conceitos de testemunho (MOREIRAS, 2011), patrimônio imaterial (UNESCO, 2003), cultura como recurso (YUDICE, 2004), no sentido de tomar o patrimônio cultural como uma alternativa de desenvolvimento (SIMÕES, 2006); e nos conceitos de tradução e hibridismo cultural (CANCLINI, 2000). Com base nesses pressupostos, a pesquisa busca sinalizar os bens simbólicos, o valor e o mercado ao considerar a diferença cultural do Rio do Engenho enquanto estratégia de auto-re-conhecimento da comunidade local e re-valorização de seu potencial cultural, visando a contribuir para a formulação de políticas voltadas à sustentabilidade da cultura e do desenvolvimento desse grupo social remanescente dos primeiros núcleos de ocupação da antiga capitania hereditária de São Jorge dos Ilhéus.
Palavras-chave: expressões culturais; patrimônio oral, fazeres rurais, desenvolvimento
OLHARES GRAPIÚNAS: A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE SOCIOCULTURAL NO PROCESSO CRIATIVO
Autor/ Pesquisador: Saul Edgardo Mendez Sanchez Filho, Ms
Resumo:visa a reconhecer como a criação é influenciada pelo ambiente sociocultural da cidade, através da análise de obras da literatura regional e depoimentos dos respectivos autores: Cyro de Mattos, Hélio Pólvora, Ruy Póvoas, Jorge Araújo. Considera-se que a natureza criativa do homem se elabora no contexto cultural e que todo indivíduo se desenvolve em uma realidade social, em cujas necessidades e valorações culturais moldam os próprios valores de vida. No entanto, no ato de criação confrontam-se dois pólos de uma mesma relação: o nível individual e o nível cultural (OSTROWER, 1977). Reconhece-se que o fazer artístico se revela como a exteriorização de uma maneira de ver o mundo, a partir de valorações, pensamentos e condicionamentos que pertencem à história pessoal do artista, estruturados ao longo de uma interação social (ZIELINSKY, 1997). Com base nesses pressupostos, a pesquisa buscará decodificar as relações do processo criativo, considerando que elas constituem uma chave para a discussão dos rumos da produção cultural local nas cidades de Ilhéus e de Itabuna. Como resultado, buscará identificar as influências e motivações dos autores selecionados por sua relevância no contexto regional, através de depoimentos e entrevistas filmadas, unindo as informações dos depoimentos à análise de suas obras e ao conhecimento da cultura local que permeou o ato de criação.
Palavras-chave: criação literária, cultura, realidade social, relações de produção
EUCLIDES NETO OU O GARIMPO CULTURAL NA CONSTRUÇÃO LITERÁRIA
Autora/ Pesquisadora: Rita Lírio de Oliveira, Ms
Resumo: investiga as obras ficcionais O patrão (1978) e A enxada e a mulher que venceu o próprio destino (1996), além do texto cultural Dicionareco das roças de cacau e arredores (2002), com o intuito de analisar as implicações culturais da linguagem utilizada nesses textos– pelas vozes do autor, narrador e personagens -, e sua mise en scene no contexto de uma dicção identitária grapiúna. Para tanto, recorre-se às discussões relacionadas às questões culturais (GEERTZ, 1989), identitárias (HALL, 2008) e de memória (HALBWACHS, 2006). Adota-se, como estratégia metodológica, uma perspectiva comparativista e culturalista, realizando a leitura, a interpretação e a análise das narrativas ficcionais em diálogo com as referências contidas no texto cultural. Assim, por meio da utilização da linguagem peculiar regional, Euclides Neto demonstra sua percepção do modo de ser, de pensar e de viver da sociedade grapiúna, num jogo de representações que relevam traços significativos do percurso identitário desse espaço géo-sócio-cultural.
Palavras-chave: linguagem, cultura regional, dicção identitária, memória
O ACHAMENTO DO BRASIL NO LITORAL SUL-BAIANO: LEITURAS, NOVAS LINGUAGENS E
POSSIBILIDADES PEDAGÓGICASAutora/ Pesquisadora: Isabel Pacheco, Ms
Resumo: pretende analisar a diversidade de leituras sobre o tema do achamento do Brasil, suas possibilidades e efeitos como produtoras dos discursos de nação brasileira, bem como analisar as imagens mentais e iconográficas delas decorrentes no ensino da história, reproduzidas em gravuras de livros didáticos e em novas linguagens e suportes como quadrinhos, cd-rom e outras adaptações diversas. Com base nos conceitos de representação (VAINFAS, 1997), simbolismos (GISNBURG, 2001) e imaginário (VOVELLE, 1997), observando-se as especificidades das linguagens utilizadas, propõe-se abordar a romantização e o exotismo atribuído a esse episódio do encontro de culturas formadoras da sociedade brasileira, os discursos de construção da nacionalidade (HALL, 2000), em cotejo com outras leituras que antagonizam a visão idealizada e ideologizada mais geralmente veiculada.
Palavras-chave: história, textos e imagens, linguagens, ensino.
DE EUCLIDES NETO Autora/ Pesquisadora: Rosângela Cidreira de Jesus, Ms
Resumo: investigará as contribuições de aspectos identitários da cultura grapiúna, presentes nos romances Machombongo e O Tempo é Chegado, de Euclides Neto. Como base teórica para esta análise serão consideradas as idéias de cultura (Geertz, 1989), de identidade (Hall, 2005) e de questões relacionadas à minoria (Hutcheon, 1991) para identificação e análise dos elementos constituintes da identidade cultural grapiúna.
Palavras-chave: literatura, identidade cultural, ex-cêntrico.