A modernização das cidades
condicionou um processo de destruição do patrimônio histórico-cultural, levado
a cabo pela ação humana e legitimado, muitas vezes, por conceitos de progressos
e desenvolvimento que tendem a excluir a fruição cultural das comunidades.
Este processo tem afligido sobremodo
os povoados e vilas que surgem inopinadamente, crescem em processo acelerado e,
rapidamente, tornam-se cidades para em seguida transmudarem-se em pólos
regionais, a exemplo de Itabuna.
A cidade foi expandindo o seu corpo,
a início tortuoso, de casas de tetos de zinco em ruas de areia fina que
margeavam o rio para mais tarde tornar-se o concreto e argamassa e espraiar-se
ao longo do rio Cachoeira, galgando colinas, avançando, abrindo espaço através
dos campos que a circundam.
Já vai longe o tempo que se podia
ouvir o tilintar sonoro do peitoral festivo das madrinhas das tropas,
estimuladas pelo estalar agressivo do chicote, o apito estridente do trem que
convocava aqueles que partiam para Mutuns ou Ilhéus ou ainda a rouca buzina das
marinetes pertencentes à Viação Sul Baiana que desbravavam as estradas
lamacentas das terras do cacau.
Os anos passaram depressa… O roncar
estridente dos carros, ônibus, motos e caminhões, as buzinas insistentes, os
agudos apitos à disciplinar o congestionado vai e vem, sons intermitentes dos
anúncios, rádios e televisões enchem o espaço e violentam o silêncio das
coisas. Por toda parte o agitar constante, o comércio trepidante, a circulação
de riquezas. Há pressa de crescer, de somar prosperidade.
O frêmito de modernização percorre a
sociedade itabunense, fazendo-a esquecer os traços definidores de sua
identidade. Aos poucos seu patrimônio histórico-cultural vai sendo dilapidado,
a estandardização de valores gerados pela massificação e globalização
substituiu as particularidades locais.
Algumas poucas vozes levantam em
espasmos longínquos a bandeira do preservacionismo. Mas, defender patrimônio é,
antes de tudo, conhece-lo. E conhecer o patrimônio implica conhecer o percurso
histórico em que ele se enquadra e fora do qual perde todo o significado.
A história é este fio que busca
fundamentalmente compreender e viver o presente, através da observação do
passado, permitindo-nos encontrar formas corretas de movimentar-nos no espaço e
no tempo em que vivemos.
Não há dúvida de que as realidades
patrimoniais são instrumentos preciosos para o estabelecimento do diálogo com o
passado. Elas se impõem pela intensidade de sua presença concreta, colocam-nos
em comunicação direta com o passado.
Qualquer racionalização do passado
é codificada por um sistema de referências
dependentes da interceptação de vários discursos sobre as realidades vividas
pelos nossos antepassados. Ora, o patrimônio assume o papel relevante e
insubstituível enquanto referencial observável que permite obter respostas para
muitas questões relativas às sociedades que nos procederam, permitem ao
indivíduo confrontar-se com as realidades pretéritas e encontrar pistas para a
compreensão do seu próprio tempo.
Onde estão estes referenciais em
nossa cidade? O que foi feito dos nossos marcos identificadores?
Antes de prosseguir, seria
interessante lembrar que a UNESCO tipifica os bens patrimoniais imóveis em:
monumentos, conjuntos e sítios. Por monumentos entende-se não só as obras de
arquitetura e composições importantes, mas também criações mais modestas,
notáveis pelo seu interesse histórico, arqueológico, artístico, científico,
técnico ou social, incluindo instalações e elementos decorativos que delas
fazem parte, bem como obras de escultura ou pintura monumental.
Os conjuntos são definidos como
agrupamentos arquitetônicos, urbanos ou rurais, de suficiente coesão, de modo a
poderem ser delimitados geograficamente, e notáveis, simultaneamente, pela sua
unidade ou integração na paisagem pelo interesse histórico, arqueológico,
artístico, científico, técnico ou social. Quanto aos sítios, são obras do homem
e da natureza, espaços suficientemente característicos e homogêneos, e
igualmente notáveis pelo seu interesse quer histórico, arqueológico,
artístico-científico, quer social.
O lato conceito de patrimônio
legalmente consagrado está, portanto, muito longe da tradicional idéia de que
só os grandes monumentos têm significado histórico. É hoje possível e desejável
integrar no patrimônio cultural não apenas os produtos da cultura erudita, mas
também a herança cultural popular, traduzida em inúmeras manifestações e
objetos com que, cotidianamente, nos deparamos.
Pensando como a UNESCO, resta-nos
ainda muita coisa a preservar e defender. É tempo de repensar Itabuna e este
refletir passa antes de mais nada pela educação, pela sensibilização das jovens
gerações, tornando-os cidadãos conscientes de sua identidade e defensores da
memória coletiva regional.
Diante desta constatação e
compreensão a Universidade Estadual de Santa Cruz não pode omitir-se na busca
das raízes, da concepção e das formas de expressão da comunidade que a
construiu e constrói e vem desenvolvendo o Projeto Levantamento do Patrimônio
Histórico-Cultural da Área de Inserção da Universidade Estadual de Santa Cruz
do qual apresentamos o relatório referente aos estudos desenvolvidos na cidade
de Itabuna.
A Equipe
Aurélio Farias de
Macedo
Janete Ruiz de
Macedo
João Cordeiro de
Andrade – bolsista PIBIC/CNPq
Estado: Bahia Município: Itabuna Distrito: Itabuna Endereço: Avenida
Itajuípe, 486 – Santo Antônio Denominação: SEDAN/IMP/OLDSMOBILE Identificação: Utilização atual: carro de
passeio Marca/Modelo:
IMP/OLDSMOBILE 1926 Certificado de
Registro e Licenciamento de veículo nº. 4129366210 Placa: IME 2527 Código Benavam:
222805706 Chassi: 2940863 Combustível: gasolina Espécie/Tipo:
PAS/Automóvel (SEDAN) Ano fabricação: 1926 Ano modelo: 1926 CP/PORT./CIL:
005P/0750U Categoria:
Particular Cor atual: vermelho
royal com pára-lama preto Vencimento cota
única: isento Faixa: (IPUA –
110299) Motor:
Chevrolet F12933 Série
394086 – 3 Utilização Atual: Carro de
passeio particular Descrição: a
estrutura do veículo é toda de madeira, yteto coberto de chapa galvanizada,
não apresentando qualquer sinal de ferrugem, o que denota a ótima qualidade e
o preparo técnico utilizado. As jantes originais eram de madeira e
as bitolas da jante aro 21, sendo substituídas por jantes de ferro raiada. A
sua cor atual é vermelho Royal com pára-lama preto. Os estribos de ferro de
cada lado, pára-brisa e visor em vidro, substituindo os originais em micca.
As cadeiras acolchoadas de naapa escura dão o acabamento ao veículo. Estado de
Conservação: Estrutura (B) Bom
(B) Cobertura (B) Regular
(R) Interior (B) Péssimo (P) Portas e Janelas (B) |
Dados Históricos: No final
da década de 1920, há 72 anos atrás, um grande caixote desembarcava no antigo
porto da vizinha cidade de Ilhéus, procedente da Capital Federal, que será
posteriormente transportado para a cidade de Itabuna. Endereçado
ao Intendente do Município de Itabuna, o Cel. Henrique Alves dos Reis, um dos
pioneiros da saga do cacau, foi o caixote aberto e lá estava um veículo que
ele tinha comprado. Por
dezenove ou vinte anos, este veículo ficou sendo propriedade do Cel.Henrique
Alves dos Reis, sendo uma das atrações da cidade. Participava das efemérides
locais (cívicas, sociais, religiosas e políticas), bem como no transporte
para os eventos mais importantes, da família do Coronel. Em 1945,
ano do término da 2a Grande Guerra Mundial, este veículo mudou
de dono. O Cel. Henrique Alves dos Reis, presenteou-o a um amigo que era
residente e domiciliado em um Distrito de Itabuna conhecida como Feirinha do
Macuco, hoje Buerarema, o Cel. José Francisco Sales. Por morte deste, o
automóvel foi herdado pelo Sr. Magnobaldo Sales, ficando em seu poder até
1967. Em 1965,
Newton Ferreira Ramos teve conhecimento da existência deste veículo, que
estava encostado a mais de duas décadas em uma fazenda, encantou-se do mesmo
e comprou-o. Todavia,
não foi tão fácil adquirí-lo. Esse veículo tem uma longa história em termos
de legalização com bem móvel. O carro não tinha categoria nem documentação.
Para conseguir este intento, foi necessário encaminhar ao DETRAN
(Departamento de Trânsito do Estado da Bahia), em Salvador, um recibo da
compra do automóvel que foi publicado no Diário Oficial do Estado. Trinta
dias depois, foi posto em leilão (pró-forma), onde Newton Ramos o arrematou
com o objetivo de conseguir a documentação do mesmo (DUT), de acordo com a
Lei Federal, que o isento da TR (Taxa Rodoviária). Vale à
pena salientar que para retirar o veículo da fazenda do Sr. Magnobaldo Sales,
tiveram que derrubar mais ou menos dez cacaueiros, removendo-o de cima de um
estrado com cavaletes de trilhos de ferro. Depois, colocaram-no em cima de um
caminhão F-350 e o trouxeram para Itabuna, isto em 1967. Com o
carro totalmente restaurado, o “Pimentão”, como passou a ser conhecido
(devido sua cor original: verde com os pára-lamas pretos), começou a circular
Itabuna, depois nas cidades vizinhas, indo até ao Santuário de Bom Jesus da
Lapa, a Porto Seguro e a Salvador. Assim,
“Pimentão” voltou a ser uma atração em toda a região e, novamente, era sempre
solicitado para participar das atividades mais relevantes da cidade. Quando
algum colégio ou instituição local promove alguma gincana, o “Pimentão” e
solicitado e nos casamentos de pessoas da sociedade local como em 25/02/78, a
Senhorita Maria do Carmo Murti de Aquino e o seu noivo, José Manuel Novais de
Aquino e a 28/09/91, casamento da Senhorita Geórgia Monteiro Vello e Sérgio
Soares Vello. Quando foi
inaugurada a Br - 101 em Porto Seguro, “Pimentão” participou não só na região
como o Estado da Bahia tanto que foi notícia em vários jornais locais, do
Estado da Bahia e de âmbito nacional, tais como: (Tribuna do Cacau/69, Diário
de Itabuna/71, Jornal de Bar/91), Itabuna; diário de Notícias/72, A Tarde/78
- salvador; e a Folha de São Paulo/96. São Paulo. No Estado da Bahia
participou das seguintes gincanas: 1)
Primeira Gincana de Carros antigos, patrocinada pela TV Aratu, canal 4 em
1981 - Salvador/Ba, sendo agraciado com um troféu por ser o carro mais antigo
e bem conservado. 2) 1ª
corrida de Calhambeques de Itabuna - 1996, patrocinada pela DISBAVE/NESTLÉ. 3) 1º
Desfile de Carros Antigos - 1996 4)
Participação da Inauguração do Centro Histórico de Porto Seguro, e da Br-101
em 07/09/72. Ocasião da Independência do Brasil. |
Restaurações: Em 1969,
1ª restauração do OLDSMOBILE, com os seguintes mecânicos Srs. Acrísio
Dantas e Orlando Cerqueira e contando com a participação do atual
proprietário o Sr. Newton Ferreira Ramos nos finais de semanas e feriados. _A estrutura do
veículo que era toda de madeira e estava uma parte deteriorada, foi reconstruída por
um marceneiro da SULBA, conhecido como Sr. Graciliano. _Posteriormente,
deu-se o início a parte mecânica e elétrica do veículo, colocando para
funcionar precariamente. _A seguir, deu-se
o inicio ao processo de aperfeiçoamento da estrutura do funcionamento do
veículo; _Concluindo, com
os retoques finais e acabamento: _Pintura _Chaparia Acolchoamento _Substituição
da MICCA para vidros (.... e frente) _em 1982,
restaurou toda a lataria e a pintura original; Em 1987, unia nova
restauração nos serviços de mecânica, ou seja, o motor foi toso restaurado; _O Sistema de
Freio foi radicalmente modificado e aperfeiçoado; _A pintura foi
alterada para vermelho e preto. |
Características
especiais: Este automóvel destaca-se por era um tipo raro, modelo
IMP/OLDSMOBILE, criação da década de 1920, construído artesanalmente, estilo
antigo, com uma estrutura sólida que, para a época que foi construído eram
velozes, muito usado pela polícia Italiana, que segundo declaração do
proprietário, o Sr. Newton Ferreira Ramos, AL CAPONI usava freqüentemente um
veículo da mesma marca em suas ações. Fachada Principal: Ambiência: Interior: Detalhes que mereçam relevância: |
Laterais: Dados jurídicos: Propriedade: Pública
( ) Privada
(X) Proprietário: Newton Ferreira Ramos |
Bibliografia Básica 1. Depoentes: _Newton Ferreira Ramos (Proprietário atual) _Jornal “DIARIO DE NOTÍCIAS” de 08/08/72 - Salvador -
Bahia _Jornal “A TARDE” - 31/05/87 - Salvador -Bahia _Jornal “FOLHA DE SÃO PAULO” 04/08/96 - São Paulo _Jornal “AGORA” - Itabuna - Bahia 28/07/93. |
Obs.: Anexar negativo das fotos |
Estado: Bahia Município: Itabuna Distrito: Itabuna Endereço: Av. do
Cinqüentenário, 500 centro Itabuna- Bahia. |
Denominação: Edifício
Comendador José Firmino Alves. Cadastro
Imobiliário n0 0162 - Prefeitura Municipal de Itabuna |
Informações
Especiais: Área construída de 176, 21 m2, limita-se
pela sua lateral direita à Praça Otaciana Pinto e pela sua lateral esquerda
com o Ed. José Gonçalo Pinto de Mendonça, e parte dos fundos, à sua frente
pela Av. Cinqüentenário e pelos fundos, uma parte casa comercial “A
Atrativa”. |
Informações
Gerais: Utilização Atual: Comercial Área Construída: 176,21 m2 Estrutura: Este
edifício possui a parte térrea, uma sobreloja e mais três andares. São
dezoito salas de mini-apartamento localizado no primeiro piso. As salas (sete
em cada andar) foram vendidas a diversos locatários onde funcionam
escritórios de advocacia, contabilidade, consultórios médicos e
odontológicos. |
Descrição da
Construção: Construído nos anos de 1950-1951, o imóvel mede 26,30
m de frente e de fundos, e as suas laterais medem 6,70 m, perfazendo um total
de 176,21 m2 de área construída em terrenos próprios, e composto
por quatro, com base de alvenaria, lajes (4) em cimento armado (concreto),
paredes de tijolos, cimento, areia fina e de barranco. O acabamento externo
apresenta os seguintes constituintes: óleo, pastilha, madeira, massa
plástica, azulejos, cerâmicas, cimento. Os componentes utilizados
internamente foram: azulejos, cerâmicas, cimentos, lajes, tacos, carpetes
etc. As
esquadrias do edifício são constituídas de ferro, alumínio e vidro. Quanto ao
piso dos corredores internos, é constituído de uma laje maciça revestido de
cimento e com o acabamento de cerâmica, nas salas é revestido de tacos e em
outra em carpete. Em cada andar existem instalações sanitárias tendo piso em
cerâmicas e as paredes revestidas de azulejo branco. No que
tange aos serviços públicos, o Edifício é constituído de serviços de
água/esgotos, energia elétrica, tendo a sua coleta de lixo diária, dando um
aspecto de asseio e conservação ao prédio. |
Estado de
Conservação: Estrutura (B) Bom
(B) Cobertura (B) Regular (R) Interior (B) Péssimo (P) Portas e Janelas (B) |
Dados Históricos: Quando a
Vila de Tabocas foi elevada à categoria de cidade a 28 de julho de 1910,
algumas áreas de terras da recém-criada cidade eram constituintes do
patrimônio imobiliário municipal da cidade. Dentre essas áreas existia uma,
especialmente nas imediações da Praça Domingos Lopes, hoje Praça Adami, com
mais ou menos três metros de largura em confluência com a Rua J. J. Seabra,
onde seria erguido o imóvel. Ao lado
deste terreno baldio , existia um prédio constituído de uma parte térrea e de
um pavimento superior (1º andar), denominado “MIBANO”, pertencente ao
comerciante libanês, o Sr. Isaac Elias Grimann,, onde funcionava o Bar Paris.
Anteriormente, este imóvel pertenceu ao Espólio do Sr. João Pedro de Souza
Leão que eram aforados sendo posteriormente titulados pela Prefeitura
Municipal de Itabuna. Várias áreas do Patrimônio Municipal foram legalizadas,
sendo tituladas e vendidas a diversos comerciantes neste período urbano, no
final da década de 1930. Em 7 de
março de 1914, este imóvel fora Declarado de Utilidade Pública pelo Decreto
de Lei Municipal de nº 07, visto com a sua demolição, se impõe em
obediência, no plano de alargamento das Ruas J. J. Seabra e 7 de Setembro. Por
conseguinte, o Sr. Isaac Elias Grimann obriga-se a proceder a sua demolição
por conta própria e obedecendo a todo o regulamento e posturas municipais que
regem o assunto, construindo no seu lugar, uma nova edificação, cuja planta
seria oportunamente submetida à aprovação da Diretoria de obras e que obedeça
ao novo alinhamento da Rua J. J. Seabra. Em 9 de
junho de 1945, esta área retomou ao Patrimônio Municipal sendo
registrado sob o n0 de ordem 1024 no 1º Cartório de Imóveis de
Itabuna, Ottoni Silva, sendo representado pelo Sr. Prefeito Municipal Dr.
Francisco Ferreira da Silva. Neste
mesmo ano, o comerciante e agricultor Abdalla Themmer Habib, adquire este
terreno e constrói um imóvel constituído de três pavimentos sendo registrado
e averbado sob nº 12.867, conforme requerimento despachado pela
Diretoria de Obras Públicas deste município. Em 1951 o
Banco Econômico da Bahia S.A., com sede na capital do Estado, sendo
representado pelos Srs. Mário dos Santos Padre e Clodoaldo Reis, ambos
moradores desta cidade, compra-o do Sr. Abdalla Themmer Habib, este prédio,
escriturando-o no l~’ Tabelião do l~ Oficio Quintino Menezes em 4/7/51. De posse
do imóvel, o Banco Econômico da Bahia S.A., efetua a demolição do prédio e dá
início à construção de um edifício que abrigará a sede da instituição
bancária, constituída de um pavimento térreo, uma sobreloja e mais três
andares, com sete salas por andar onde posteriormente serão ocupadas por
profissionais liberais, tais como: médicos, advogados, odontólogos,
contabilistas. Em 28 de
julho de 1953 foi inaugurado o edifício do Banco Econômico da Bahia S.A., que
foi denominado de Edifício Comendador Firmino Alves devido ao fato que neste
dia, a cidade de Itabuna estava comemorando o seu 430 aniversário de
Emancipação Política e no programa em homenagem ao Dia da Cidade, a inauguração
deste edifício era destaque para a região grapiúna. Com uma
programação especial, devido ao fato das comemorações do dia da Cidade, a
direção do Banco Econômico esteve presente no ato inaugural com uma comitiva
de quarenta pessoas provenientes da capital do Estado da Bahia. Na
inauguração usou a palavra o Sr. José Nunes de Aquino, itabunense,
descendente direto dos primeiros desbravadores deste terra, falando da
importância do evento. Em
seguida, o Dr. Corbiniano Freire, agradeceu aos presentes e a Diretoria do
Banco Econômico pela homenagem prestada ao seu avô, o Comendador José Firmino
Alves “fundador da cidade de Itabuna”, dando nome ao edifício
recém-construído. Dando continuidade
às comemorações, o prefeito municipal de Itabuna, o Sr. Miguel Moreira, cortou
a fita simbólica, várias personalidades locais usaram da palavra, o Bispo
Diocesano de Ilhéus, D. João Costa Rezende fez breve e eloqüente oração sobre
o ato, lançando a benção sobre o edifício. Concluídas as
solenidades, “a direção do banco convidou os presentes a visitarem
internamente o edifício, em seus andares superiores, que contam com um
apartamento, destinado aos seus diretores, quando em vista a esta cidade e de
salas destinadas ao aluguel, estando todas já alugadas”. (O Intransigente, nº
39 de 29/07/1953). As comemorações
estenderam durante todo o dia, visto que, ao meio dia foi servido um almoço
no Grapiúna Tênis Clube e à noite no Itabuna Clube o grande Baile à altura
dos comemorações festivas do Dia. O Edifício
Comendador Firmino Alves foi construído durante um período de dois anos sob a
direção e supervisão da firma Irmãos Oldebretch, de Salvador -BA, tendo
construído também o prédio do Cel. Oscar Marinho Falcão. Um detalhe
importante, este edifício foi o primeiro a possuir elevador sendo o pioneiro
na comunidade itabunense em termos de bem público. O Banco Econômico
funcionou neste prédio até 28 de julho de 1978, quando foi transferido 28 de
julho de 1978, quando foi transferido para a Praça Siqueira Campos. Em agosto de 1978,
instalou-se no Edifício Comendador Firmino Alves, a Casa Forte, um sistema de
poupança, vinculado ao Banco Econômico permanecendo até 1986, quando houve a
fusão da Casa Forte com o Banco, em outubro de 1992. De 1992 a 1995 a
Casa Forte permaneceu neste prédio acoplada ao Banco Econômico, quando
ocorreu a intervenção, fechando-o. Num período de 2
anos, este espaço ficou desocupado e, algumas vezes funcionou com exposições
de artesanatos locais, entre 1995 e 1998. Em 6 de julho de
1999, sob o registro 3.16.966, o Banco Excel (ex-Banco Econômico), através de
Liquidação Extra-Judicial (Lei 6.024/74), tendo como representante o Sr.
Flávio Cunha, vende o imóvel à empresa Coluna Patrimonial Ltda., de Vitória
da Conquista, sob escritura de Notas do 6º Oficio de Notas da Comarca de
Salvador/BA, Livro 706, Ordem 42.532, Folhas 138, DAJ. 151.432 e sendo
averbado sob nº de Ordem 16.976 nesta cidade de Itabuna- BA. Atualmente
funciona unia loja de eletrodomésticos e móveis, sob a denominação “DUKEL -
Eletrodomésticos”, que em 01 de abril de 2000 fundiu-se com as lojas
Insinuantes. |
Material empregado na construção: para a
construção deste imóvel, foram utilizados os seguintes materiais: A) ESTRUTURA:
concreto, tijolos, madeira, pedra, cimento, ferro, brita, gravilhão, areia fina e de
barranco. B) ESQUADRIAS:
ferro, alumínio, vidro, madeiro e aço. C) PISOS: tacos,
mármore, granito, cimento, areia, gravilhão, cerâmica. D) REVESTIMENTO
EXTERNO: óleo, pastilha, tinta, madeira, massa plástica, azulejo,
cerâmica e cimento. E) REVESTIMENTO
INTERNO: fios, azulejos, cerâmicas, massa plástica, cimento tinta,
pastilha, tacos, madeiras. |
Restaurações: Este
prédio jamais foi restaurado pois, o seu estado de conservação é bom
devido ao fato da utilização de um material de primeira qualidade na sua
construção funcional, moderno, que ainda não completou meio século de
construído. O síndico anterior do condomínio, o Sr. José Félix
Portela dos Santos, fez a sua manutenção limpando-o, removendo a sujeira,
pintando-o em junho de 1997. Neste mesmo período, trocou o piso de entrada do
prédio de mármore branco por granito. Os vidros e esquadrias de alumínio que
dava acesso ao térreo (ex-Banco Econômico) foi removido colocando portas de
feno. E a porta principal que dava acesso ao banco (vidro fumê), foi retirada
e colocada no lugar onde encontra-se o elevador que dá acesso aos andares
superiores. |
Características especiais: Em sua
edição de nº 93 de 29 de julho de 1953, o jornal” O
Intransigente” fez uma reportagem alusiva ao dia da emancipação política da
cidade de Itabuna e no programa das comemorações foi inaugurado o Edifício do
Banco Econômico da Bahia, um empreendimento arrojado para o município de
Itabuna e toda a região cacaueira. Este edifício
contém uma característica especial, devido à existência de um painel
referente à Lavoura Cacaueira em Produção de Grão; onde encontra-se toda a
técnica processo da cultura do cacau no torrão grapiúna. Desde o plantio,
colheita, corte, embandeiramento, secagem e transporte nos é mostrado neste
painel onde retrata o cotidiano de uma fazenda de cacau na região sul da
Bahia. Localizado na
faixa oeste do edifício, este painel encontra-se incrustado na lateral
direita do prédio; perfazendo um total de 23,25 m2 de
azulejos (15X 15), sendo circundado por uma moldura (esta moldura do
mesmo azulejo de 0,5 cm). Estes azulejos
estão assim distribuídos: • 38 azulejos
inteiros na vertical • 26 azulejos
inteiros na horizontal • 76 azulejos
inteiros na cortados na vertical (0,5 cm) • 52 azulejos
inteiros na cortados na horizontal (0,5cm) Total de
azulejos inteiros: 988 Total
azulejos cortados: 128 Total de
azulejos: 1.116 Obs.: O estado de conservação do painel é razoável
devido à ação do tempo, como também dos danos causados pelos transeuntes,
ambulantes, camelôs, pelos artesãos de faixas, e ainda pelo descaso dos
órgãos competentes que não tem a preocupação de conservá-los. Haja visto que
estão danificados seis azulejos e nove caíram. |
Característica do azulejo: este painel foi
montado a 17 cm de altura do passeio, sendo constituído de azulejo branco,
pintado em esmalte, sendo idealizado e composto pelo artista plástico baiano
Genaro de Carvalho nas oficinas da Osiarte, São
Paulo, em 1953, contando com a colaboração do artífice alemão,
chamado Uddo, sendo executor e conhecedor da técnica de cozimento da
cerâmica. |
Conservação do Painel:
construído no início da década de 1950, este painel encontra-se em
estado de conservação regular. Atualmente denota a existência de perfurações
em toda a sua extensão de brocas, pregos, parafusos, sujo de cola, coma
fuligem do asfalto, alguns azulejos encontram-se fissurados, outros em estado
de desfiguração, num aspecto visual desagradável. Constantemente são afixados
cartazes de campanhas políticas, faixas de propagandas para diversos fins. Vale a pena ressaltar que este painel fica em parte
escondido, devido ao fato de existir urna banca de revistas do seu lado
direito como também um poste, tomando assim sua visibilidade. Antônio Genaro de
Carvalho: Baiano de Salvador, Genaro de Carvalho, como foi
conhecido, transferiu-se muito cedo para o Rio de Janeiro. Foi discípulo de
Henrique Cavaleiro e mais tarde em Paris, na Escola Superior de Belas Artes,
onde foi aluno de André Lhote. Em 1945, realiza
a primeira exposição individual na Associação Brasileira de Imprensa
tomando-se um expositor permanente. Quatro anos
depois, ou seja, em 1949, viaja novamente para a Europa, graças a uma bolsa
de estudos recebida do governo francês. Fez várias exposições importantes em
Paris, como a do Salão de Maio e a do Salão de Outubro. Posteriormente,
confecciona a sua primeira tapeçaria “Plantas Tropicais”. Retoma à Europa,
onde visita vários países, regressando ao Brasil no ano de 1950 a tempo de
participar da 1 Bienal de São Paulo. Já nessa época tinha se firmado como pintor,
participando de inúmeras exposições em Paris. Saiu-se vitorioso
na 1 e III Bienal de Arte em 1951 e 1955 em São Paulo. No museu de Arte
Moderna de São Paulo, expôs um trabalho intitulado “50 anos de
paisagem brasileira”. Na década de 1960
os seus trabalhos atinge seu ápice, tanto que em 1964, no Festival Brasiliana
no Commercial Muesum of Filadelphia, U.S.A., se fez representar com trabalho
de tapeçaria. Em 1966 na II Bienal de Artes Plásticas de São Paulo e Rio de
Janeiro. Três anos depois,
ou seja, em 1969, expõe em Londres, na Caming House, pela primeira vez, suas
pinturas da série “Mulata”. Dono de um estilo próprio, caracteriza-se
apresentando um relevo linear esquematizado, formado de planos colorísticos
de fortes contrastes; sua temática desenvolveu pelo terreno da flora e da
fauna, apresentando notáveis trabalhos, não só pelo aspecto alegre e
contrastante de suas composições, como, principalmente, pela exata disposição
das linhas e dos planos que estilizados compõem os seus desenhos. Suas obras
de arte estão espalhados entre inúmeras coleções particulares e em grande
número de museus, no Brasil e no exterior - Faleceu
aos 45 anos de idade em 1971 em /salvador - Bahia,
deixando um rico legado em termos de Artes Plásticas, inclusive este painel
“uma alegoria à lavoura cacaueira” , no
Edifício Com. José Firmino Alves, 5000 - Centro/Itabuna-Bahia. Ambiência: |
Detalhes que mereçam relevância: Laterais: [ Dados jurídicos: Propriedade: Pública
( ) Proprietário:
Coluna Patrimonial Ltda.. |
Bibliografia Básica: 1. Fontes Primárias: 1.1- Cadastro Imobiliário da Prefeitura Municipal de
Itabuna - Sr. Gérson Silva. 1.2- Cartório Imobiliário do 1º Oficio de Itabuna de
Registro de Imóveis Sr. José Carlos dos Santos. 1.3- Depoentes: - Célio da
Rocha Franco - João
França Santana - José
Roberto Nucci - José da
Silva Matos - Kadma
Soares Santos 1.4-
Fontes Hemerográficas - O
Intransigente n.º 93 de 29/07/1953 2.
Referências Bibliográficas - COELHO, Antônio
Alves. Contribuição ao Estudo das Artes Brasileiras. Quatro Artistas Baianos.
Publicação Salvador-BA n.º 53, 30/01/1969. - MENDES, Helena.
Fatos e Fotos de Itabuna. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1968. - Revista ARTE NOS
SÉCULOS n.º 88. Abril Cultural, Editor Victor Civita, SP. |
Obs. Anexar negativos das fotos. |
Estado: Bahia Município: Itabuna Distrito: Itabuna Endereço: Rua
Barão do Rio Branco. 19 – Centro. |
Denominação: Cadastro Imobiliário nº: 04 434 - Prefeitura Municipal de Itabuna. |
Informações Espaciais: localizado à Rua
Barão do Rio Branco, 19 - Centro, com as seguintes dimensões: 7,80 m de
frente e de fundo, tendo 44,95 m nas suas laterais. Pela lateral
direita limita-se com o imóvel pertencente ao Sr. José Carlos Braitt Carmo e
pela esquerda com a residência do Sr. Alfredo Lima Dantas. |
Utilização Atual: Residência Área Construída: 217,08 m2 Área Total: 350,61 m2 |
Descrição da Construção: Imóvel
assobradado com características arquitetônicas neoclássicas no estilo
europeu, esta edificação mostra-nos um bom gosto e sensibilidade pelo seu
construtor. A entrada principal que dá acesso ao prédio é constituída por um
portão de ferro dando para um pátio que é, em alguns trechos, formado por
canteiros onde existe vegetação. Coberta de telhas, paredes de tijolos,
contendo na parte térrea dois janelões de frente, duas janelas laterais e
duas portas na parte superior, dois janelões de frente e três janelas
laterais, quatro janelas laterais e um respectivo cômodo interno. Com três
pavimentos esta residência encontra-se assim distribuída: no térreo há salas
de visita, jantar, banheiros, cozinhas, copa, dispensa, área de serviço toda
circundada de um pátio formando assim o quintal da residência. No 1º andar
existem três dormitórios e na torre outro dormitório (em forma de sótão). |
Estado de
Conservação: Estrutura (B) Bom
(B) Cobertura (B) Regular (R) Interior (B) Péssimo (P) Portas e Janelas (B) |
Dados Históricos:
Inicialmente propriedade do Sr. Tufic Maron, falecido em 1944, este imóvel
foi herdado por sua viúva D. Edith Moreno Maron e as suas quatro filhas:
Ivanise, Carol, Marion e Simone. Durante os anos de
44 a 46, quando foi concluindo o inventário, procedido no Juízo da Comarca de
Itabuna, cujo feito foi julgado por sentença do Juiz de Direito Dr. José de
Souza Dantas, em 19/08/46, passou esta casa residencial a ser incorporada ao
patrimônio do Sr. Gaby Simões dos Santos, casado com Simone Maron Simões,
portanto, genro do Sr. Tufic Maron e sendo averbada em 15/10/51 no cartório
da 18 Circunscrição de Itabuna por Ottoni José da Silva. Em 1963, este
imóvel foi vendido para o Sr. Cícero Menezes de Souza, tendo como procurador
o Sr. Othon de Lima Dantas, sob título de Compra e Venda, com escritura
lavrada no 20 Tabelião desta Comarca, João da Silva Ribeiro em 11/07/63, sob
nº de ordem 19. 364. De posse do
imóvel, o Sr Cícero Menezes de Souza fez uma doação á sua esposa, Sra. Alaíde
Marques Leão (D. Bebeca) e seus três filhos menores: Mª do
Socorro, Anísio e Renato Afonso, com escritura lavrada no 1º Tabelião desta
Comarca, Wilson de Oliveira Lima em 26/09/69 e sendo registrada sob nº de
ordem 23. 418 de 29/09/69. Atualmente a Sra.
Alaíde Marques Leão é quem reside no imóvel, mantendo um pensionato para
jovens universitários. |
Material empregado na construção: Base em
alvenaria de pedras, paredes de tijolos, teto protetor de maneira usual, com
telhado, pisos dos 1º e 2º pavimentos em assoalho ou tábuas corridas,
banheiros com azulejos, pátio de lajota, cozinha, dependências de empregados
com telhado (parte dos fundos isto no térreo). |
Restaurações: Este
imóvel sofreu poucas modificações, conservando a sua estrutura original até
os dias atuais. O pátio que dá acesso e circunda o imóvel era anteriormente
calcetado, foi mudado para lajota, fato esse ocorrido no final da década de
1970. |
Características especiais: Com
relação as características especiais, a residência da Sra. Alaíde Marques
Leão sobressai pela sua fachada imponente, onde uma torre toda decorada no
perímetro do seu topo com balaustradas é o destaque. As janelas e janelões
são de vários estilos, com formas variadas em arcos e retangulares em vários
tamanhos. Além dessas características citadas existem os contornos em alto
relevo ao redor dos janelões, janelas e portas. Fachada Principal: |
Ambiência:
Interior:
Detalhes que mereçam
relevância:
Fachada Posterior:
Laterais:
Dados jurídicos: Propriedade: Pública
( ) Proprietário:
Alaíde Marques Leão |
Bibliografia básica: 1.
Cadastro Imobiliário da Prefeitura municipal de Itabuna. 2.
Depoimentos: 2.1. Simone Maron Simões 2.2. Alaíde Marques Leão 2.3. Turmalina Franco |
Estado: Bahia Município: Itabuna Distrito: - Endereço: Rua Mi uel Calmon, nº 157
– Centro |
Denominação: Cadastro Imobiliário nº: 1720 - Prefeitura Municipal de
Itabuna. |
Informações Espaciais:
localizado à Rua Miguel Calmon, nº 157 (ex-29)- Centro, em
confluência com a Rua D. Pedro II, Centro, na cidade de Itabuna, tendo toda a
sua estrutura voltada para a sua lateral esquerda, este imóvel tem as
seguintes dimensões: 6 m de frente, 7,30 m pelos fundos, lateral esquerda
medindo 17 m dando para a Rua D Pedro II e pela lateral direita mede 16,40 m
confrontando com imóvel pertencente aos herdeiros da família do Sr. José Mota
Lins. |
Utilização Atual: Desocupado Área Construída: 111, 05 m2 Área Total: 111,05 m2 |
Descrição da
Construção:. Cadastrada sob o nº 29, pelo Cadastro
Imobiliário da Prefeitura Municipal de Itabuna,, esta casa foi concluída em
1924, em terreno próprio, com duas janelas de frente, uma porta de entrada.
Construída em alvenaria, com sala, corredor, três quartos, cozinha e
instalações sanitários, contendo 09 janelas na sua lateral esquerda em
confluência com a Rua D Pedro II e a sua cobertura visual em forma de
telhado. O piso do banheiro
é em ladrilhos, as paredes são azulejadas, uma parte da casa tem paredes, o
piso em formi-piso (sala), dois quartos em cerâmica, um quarto e o corredor
taqueado. O teto é forrado de madeira simples, sem nenhum adorno. |
Estado de Conservação: Estrutura (R) Bom (B) Cobertura (R) Regular
(R) |
Dados históricos: Considerada como
patrimônio Histórico Cultural da cidade de Itabuna, devido uma arquitetura
simples e peculiar, este prédio merece um estudo mais aprofundado devido ao
fato de ter sido residência de um do mais proeminentes professores de
Itabuna, o Professor Ewerton Alves Challoupp. Quando a construção foi concluída
em 1924, pelos Srs. Pedro Fernandes da Rosa e Alípio Fernandes da Rosa, esta
casa residencial não obedecia as normas do Código de Posturas do Município de
Itabuna, i. é, não existiam serviços de água e esgotos, Registro de Imóvel,
Escritura e Averbação da casa junto ao Cartório de Registro de Imóveis do 1”
Imóvel. Durante um período de 1924 a 1931, no imóvel residiram os
proprietários iniciais e outros inquilinos, as famílias dos senhores: José Joaquim de Jesus, Joviniano de Oliveira, Álvaro
Andrade e José Gonçalves Prata. Em 19/01/1931, sob o nº de ordem
742, o Sr. Augusto Andrade adquiriu o referido imóvel por efeito de Carta de
arrematação em Hasta Pública, transcrita no Reg. de Imóvel de Itabuna, Livro
3-G, ordem 742, Fl.1 10, tendo como oficial o Sr. Jorge Constantino Grego e
finalmente averbada em 12/12/1931, 2º Coletoria R.ª 622.380,
legalizando assim, a sua documentação. Com o falecimento do Sr. Augusto Andrade, em 1956, seus
bens foram inclusos no Espólio da família e feito o inventário e o Formal de
Partilha, isto em 16/06/56, sob o de ordem 16.595, pag. 21 do Livro 3 -R em 17/07/1959. A
sentença foi proclamada em 16/06/56, julgando procedente a partilha dos bens
deixados pelo falecido, os seus filhos: Antônio, Aroldo , Afrânio, Alberto e Armando, foram os
herdeiros. Por morte da viúva
D. Zilda Brandão Andrade, esposa do Sr. Augusto, o imóvel fica para o Sr
Alberto Andrade. Por doação o Sr. Alberto Andrade passou a propriedade para a
sua esposa, Prof.ª Maria Palma Andrade. |
Material empregado na construção: Base em
alvenaria de pedras, paredes de tijolos, teto forrado de madeira, telhas,
ladrilhos e azulejos, cerâmica, madeira, vidro, areia de barrando e cimento. |
Restaurações: A primeira foi realizada em 1952,
quando foi removido o piso, todo em tijolinho, tendo sido taqueado todos os
cômodos do imóvel e colocadas as instalações sanitárias, elétrica, água e
esgoto, antes inexistentes. Na década de 1980 houve uma reforma total, o teto
foi forrado de madeira, novamente o piso foi mudado. Na sala de vistas foi
aplicado formi-piso, o taco no corredor e em um quarto foi conservado, nos
dois primeiros quartos colocaram o piso em cerâmica. |
Características especiais: As
Características espaciais deste imóvel existem no derredor do seu telhado,
onde vemos uma alvenaria desde da sua lateral direita até os fundos do
prédio. Esta alvenaria tem alguns adornos em semi-arcos, colunatas,
arabescos, cantoneiras, rosáceas, pingentes de maneira simples, demonstrando
alguns estragos, mostrando assim um estado razoável de conservação. Outra
característica que merece ser mencionada: os frisos no alto das janelas
laterais e da porta principal. |
Fachada Principal:
Ambiência e Lateral:
Interior:
Detalhes que mereçam
relevância:
Dados jurídicos: Propriedade: Pública
(X) Proprietário:
Patrominial Augusto Andrade e Maria Palma Andrade |
Bibliografia básica: 1.
Cadastro do 1º Ofício de Imóveis José Carlos Santos Souza 2.
Depoimentos: 2.1. Alberto Brandão de Andrade 2.2. José França Santana 2.3. José Carlos dos Santos (Carlito Alemão) 2.4. Marília Pereira Lima |
Obs.: Anexar negativos das fotos. |
Estado: Bahia Município: Itabuna Distrito: Sede Endereço: Av.
Cinqüentenário, s/n - Centro - Itabuna/BA |
Denominação: Santuário Santo
Antônio Cadastro
Imobiliário nº 1.795 - Prefeitura Municipal de Itabuna Isento de IMPOSTO
Predial: Entidade Lei 1. 328 de 02.01.85 |
Informações Espaciais: A
Capelinha de Santo Antônio encontra-se localizada à Av. do Cinqüentenário,
s/n - Centro, Itabuna - Bahia, tendo como limites pela lateral direita a sede
do antigo prédio do INSS - CAE II, na lateral esquerda a casa comercial São
Judas e pelos fundos o Colégio Divina Providência. |
Utilização Atual: Templo católico Área Construída: 117,72 m2 Área Total: 117,72 m2 |
Descrição da Construção: Construída em
cimento armado e tijolos, com base em alvenaria. A imóvel possui uma porta
principal ligeiramente arqueada, ladeada por duas colunatas, com terminações
pontiagudas e duas portas laterais que também dão acesso ao templo. Na parte
superior da porta principal contém três círculos em treliças, o maior ao
centro e dois menores de cada lado. Nas colunas maiores em cada lateral,
existem terminações pontiagudas e nessas terminações existem uma variedade de
formas. Entre as colunatas que estão localizadas ao lado da entrada
principal, existem 2 aberturas com treliças de cada lado. O Campanário em
madeira, ladeado de duas colunatas e na sua parte superior há uma cruz de
madeira. O piso é todo em
lajota decorada, as paredes são lisas e o teto não tem nenhuma decoração e é
em pré- moldado, as oito colunas interiores de sustentação são revestidas por
mármore. Possui um coro também em cimento armado , com 2 m de altura e
balaustradas. |
Estado de Conservação: Estrutura (B) Bom (B) |
Dados Históricos: A construção da
1ª Igreja de Itabuna é datada de 1906, sendo uma inspiração dos
senhores Cherubim José de Oliveira, Joaquim Batista de Oliveira, Serafim
Bonfim, Comendador Firmino Alves, Ramiro Nunes Aquino e outros. Quando em 1908 foi criado o Curato de São José, esta
Igreja passou a ser a matriz de Itabuna, sendo ali instalados todos os
utensílios e ornamentos inerentes a sua condição provisória. Tal situação
durou até 1913, quando foi sagrada a nova Matriz de São José, construída na
praça Olinto Leone. Em 1913, este templo religioso foi incorporado ao
patrimônio da Sociedade São Vicente de Paula. De 1913 até 1931, esta Igreja
teve papel de destaque na comunidade local lá foram realizadas diversas
cerimônias religiosas e outras atividades, mesmo não sendo Matriz. Quando a Igreja Matriz de São José desabou em 1943,
proveniente de uma reforma realizada em 1914 pelos engenheiros Aristarco
Teixeira de Almeida e Adelson Rayol dos Santos, voltou a Capelinha a ser
novamente a Igreja Matriz de Itabuna até 1958. Em 1958, com a conclusão da nova Igreja Matriz de São
José, localizada à Praça Tiradentes, hoje Laura Conceição, novamente a
Capelinha voltou à sua condição de 1ª Templo católico de Itabuna. |
Material empregado na construção: paredes
de tijolos, base de alvenaria de pedra, lajes pré-moldadas (depois das
sucessivas reformas), teto um apartamento (após reformas), protegendo com
eternit, piso de cerâmica, utilização de gradil no pequeno coro existente
(interior do Templo), acima da entrada. |
Material empregado na construção: paredes
de tijolos, base de alvenaria de pedra, lajes pré-moldadas (depois das
sucessivas reformas), teto um apartamento (após reformas), protegendo com
eternit, piso de cerâmica, utilização de gradil no pequeno coro existente
(interior do Templo), acima da entrada. |
Restaurações: Em 1931
foi realizada a 1ª restauração total na estrutura interna e externa do
Templo, a pintura antes azul passa a ser amarelo. O teto que de madeira foi
substituído por um novo., Em 1961, na sua 2ª reforma, a Igreja foi ampliada para
o C.D.P. Nesta reforma tomou nova pintura, (externa e interna) modificando
todos os altares e o coro também. Novas reformas foram realizadas no ano de 1975, mudando
toda a sua estrutura física, pois o C.D.P reivindicou uma área da Igreja.
Assim, o seu espaço foi reduzido. Bateram uma laje pré-moldada, construindo
um apartamento para o pároco. A sua fachada sofreu alterações, pintura, dando
aspecto funcional. De 1975 a 1981, funcionou este templo em estado
precário mesmo estando em fase de construção. A população local, não gostou
da reforma devido à alteração da fachada.. Todavia, em 1984, nova reforma na fachada, reconstitui
as formas originais. Após esta última reforma, esta Igreja foi elevada a
condição de Santuário passando a pertencer a Paróquia de S. Judas Tadeu. Em setembro de 1999, a fachada recebeu uma nova pintura
em tom pastel, dando assim um toque de limpeza na sua frontalidade. |
Características especiais: Na sua
fachada, os ornamentos existentes como: porta arqueada, pilastras nas
laterais, na porta principal, três círculos em treliças após as colmatas
existem duas aberturas de forma cilíndrica em treliças. No alto, duas
colunatas pontiagudas, embelezam a sua fachada. O Campanário não está no seu
estilo original, foi modificado. |
Fachada Principal:
Ambiência:
Interior:
Detalhes que mereçam
relevância:
Curiosidades:
Dados jurídicos: Proprietário: Sociedade São
Vicente de Paulo Propriedade: Pública
(X) Proprietário: Sociedade São Vicente de Paulo |
Bibliografia básica: José Dantas Andrade documentário Fontes Originais: Moacir Garcia de Menezes Hermita Alves dos Santos José Félix dos Santos Doralice do Valle Brito |
OBS.: Anexar negativo das fotos. |
Estado: Bahia Município: Itabuna Distrito: Sede Endereço: Rua São Vicente De Paulo, 152 - Centro, Itabuna / BA |
Denominação: Sociedade São
Vicente de Paulo. Cadastro
Imobiliário n.º 1.618 - Prefeitura
Municipal de Itabuna |
Informações
Espaciais: Localizada à Rua São Vicente de Paulo, nº 152,
o prédio onde funciona o Colégio Divina Providência, pertencente à Sociedade
São Vicente de Paulo está situado no centro da cidade de Itabuna, próximo à
Praça José Bastos e tendo como limites: lateral direita = Edifício
União Comercial, sede da Associação Comercial de Itabuna, pela lateral
esquerda - residência dos herdeiros do Sr. José Maron., pelos
fundos o Santuário de Santo Antônio e na frente, pelo prédio que funciona a
Cesta do Povo. |
Utilização Atual: Colégio Divina Providência Área Construída: 1.030,31 m2 Área Total: 1.030,31 m2 |
Descrição da Construção: Imóvel com
três unidades sendo duas com dois pavimentos, área de lazer, quadra de
esportes, auditório, cantina, salas de aula e biblioteca. Inicialmente quando
da sua inauguração, o imóvel era composto de: secretaria, Hall de entrada.
três salas de aula no térreo, e no primeiro pavimento funcionava o internado
feminino e a clausura das freiras da Congregação de Santa Catarina de Sena.
Também existiam duas salas de aulas em outro imóvel no perímetro interno do
Colégio. |
Estado de Conservação: Estrutura (B) Bom (B) |
Dados Históricos: Por
iniciativa do Monsenhor Moysés Gonçalves do Conto, 1º Vigário da Paróquia de
São José, de Itabuna, foi fundada a Sociedade de S. Vicente de Paulo em
30/11/1913, instituição mantenedora do Colégio Divina Providência. No ano
seguinte, foi fundada a Conferência de Santo Antônio, com sede na capela
anexa ao colégio, com frente para a rua J.J. Seabra. |
Quando a Sociedade
São Vicente de Paulo comemorava o seus cinco anos de funcionamento, em
30/11/1918, foi colocada a 1º pedra fundamental do pavilhão principal. Em dezembro deste
mesmo ano, foi concedido uma licença para a edificação da Capela de Santo
Antonio, nos fundos do Colégio e um edifício destinado a amparar as crianças
pobres do município, conforme Portaria de 25/11/1918. Dr. Oscar Silva
Lima foi o executor da planta das obras. Em agosto de 1919, foi concluído o
primeiro pavilhão destinado a educação feminina. Assim sendo, o Conselho
Particular da Sociedade de 5. Vicente de Paulo, recebeu do Revm0 Monsenhor
Moysés Gonçalves do Conto, uma correspondência transcrita no relatório da
Sociedade no ano de 1920, com seguinte teor: “Está no domínio de alguns dos membros desse Conselho o
meu plano de fundação de um cinema que seja escolha de móvel e que o
resultado reverter em prol das obras Pias Contando com a
colaboração de doações diversas e algumas verbas de benefícios da comunidade
itabunense, foi inaugurado o Cine Recreio Vicentino, sob a benção do Sr.
Bispo Diocesano, que veio de Ilhéus, passando a funcionar num espaço próximo
aos fundos da capela de Santo Antônio, onde também funcionava um teatro de
pequeno porte. Em 15 de julho de
1921, o Cine Recreio Vicentino foi arrendado à empresa “A Moreira “ de
Ilhéus, sendo extinto em 1923 e seu mobiliário e utensílios cinematográficos
vendido ao Sr. Antônio José da Silveira, proprietário do Cine Ideal, em
Itabuna. Com a presença do vigário da paróquia, as solenidades
de inauguração do Colégio Divina Providência, à cargo dos Irmãos da
Congregação de igual nome, tendo como Diretora, a Irmã Eurásia do 5. 5.
Sacramento., ocorreu em 08 de abril 1924.Em julho deste mesmo ano, o colégio
recebeu subvenções financeiras do Governo Estadual para ampliação do imóvel.
Em 7 de setembro de 1925, aconteceu um Festival com o objetivo de arrecadar
fundos em prol das Obras Vicentinas, para mais uma ampliação do Colégio. As obras de ampliação
do colégio continuaram até 1926, para que funcionasse no colégio o regime
feminino de internato e semi-internato. Inclusive, aceitavam meninas órf~.s
como internas. Neste mesmo ano, os Vicentinos assinam convênio com as
religiosas da Congregação de Santa Catarina de Sena para que ministrem o
ensino primário e secundário. As obras prosseguiram, e para tanto necessário
se fez tomar novos empréstimos no ano de 1928, bem como a realização de um
grande Festival sob o patrocínio das Senhoras de Caridade de Itabuna. Quando as obras do
prédio estavam em fase de conclusão, em abril de 1929, chegou a Itabuna a
Revmª Superiora das Religiosas de Santa Catarina para inspecionar o edifício
e acertar a data da abertura e funcionamento do colégio. Finalmente, a 16 de
fevereiro de 1930, o Educandário da Divina Providência foi inaugurado
solenemente, funcionando num conjunto de três pavilhões. No final de 1939,
a Sociedade de. São Vicente de Paulo conseguiu por intermédio do então
Delegado Escolar Sr. Aziz Maron, a devida autorização para o funcionamento do
curso ginasial. Todavia, as religiosas pretendiam a doação do prédio do
colégio à Congregação, não obtendo sucesso com as suas pretensões,
rescindiram o contrato com a Sociedade em 22/02/41. A partir de então,
foi organizado um Conselho Deliberativo para o “Ginásio da Divina
Providência”, composto do Prefeito Municipal, do vigário da Paróquia, três
membros da sociedade de São Vicente de Paulo e contando com a participação da
Diretora do Primário, D Anita. O curso ginasial foi instalado em dezembro de 1942,
sendo sua a diretora a Professora Anita Gondim Dias, que veio de Salvador. A
professora Mª Rita de Almeida Fontes a sucedeu em 1943. No ano seguinte,
professora Lindaura Brandão tomou posse como diretora do Ginásio. Em fins de 1946, o colégio atravessou uma crise
financeira, então a Sociedade de São Vicente de Paulo, resolve arrendá-lo por
dez anos ao Dr. Aziz Maron, ficando o arrendatário com a obrigação de conservar o prédio e manter gratuitamente
50 alunos indicado pela S. S. Vicente de Paulo. Quando o contrato venceu à 18/10/56, a Sociedade
reassumiu a posse e administração do colégio, mantendo na direção a
professora Lindaura Brandão Oliveira por quase quatro décadas (1944- 1981). Com setenta e cinco anos de existência o CDP tem
contribuído culturalmente na formação da elite sócio-cultural e política
regional. Atualmente sua direção está a cargo da professora Mercedes Oliveira
Suzart. |
Fachada Principal:
Interior:
Detalhes que mereçam
relevância:
Laterais:
Dados Jurídicos: Propriedade: Pública
(X) Privada
( ) Proprietário: Sociedade São Vicente de Paulo. |
Bibliográfica
Básica: Depoentes: Litza Mary Modesto
Câmara Elza Cordiêr
Monstans Maria Rita de
Almeida Fontes Estatutos da
Sociedade São Vicente de Paulo. |