A Universidade Estadual de Santa Cruz implantou no ano de 2001 o primeiro curso de graduação em Medicina do interior do estado. O modelo pedagógico inovou ao implementar a exitosa experiência do Aprendizado Baseado em Problemas (Problem Based Learning - PBL, método inicialmente difundido no Canadá e na Holanda). Este foi o 3º curso do Brasil com esta metodologia ativa, e o 1º da Bahia, servindo como pólo formador para as outras universidades estaduais baianas.

O aluno é a figura central do processo e o aprendizado é conduzido por tutores, instrutores e facilitadores através de uma matriz curricular que contempla a interdisciplinaridade vertical e horizontal, articulando as disciplinas com situações de representatividade do cotidiano, integrando as práticas médicas, habilidades e atitudes. A semana padrão da 1ª a 4ª séries é composta por sessões de tutorial em dois encontros, um dia para treinamento em habilidades e atitudes, e um dia de Prática de Integração Ensino-Serviço-Comunidade – PIESC. Atividades como palestras, práticas de laboratório seminários complementam o aprendizado do ciclo básico (1ª e 2ª séries) e do ciclo clínico (3ª e 4ª séries). Os últimos dois anos (5º e 6º séries) são dedicados aos Estágios Supervisionados (internato), a serem realizados nas unidades de saúde conveniadas. Centros de saúde, clínicas, postos de saúde e hospitais fazem parte dos campos de estágio nas cidades de Itabuna, Ilhéus e Salvador.

O acesso ao curso é feito pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU) com base nos resultados obtidos pelos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) com uma entrada anual.

O Curso de Medicina da UESC iniciou as suas atividades no ano 2001 foi, autorizado pelo Conselho Nacional de Educação,  e reconhecido através do Decreto 10.200 de 28 de dezembro de 2006.

Passados 18 anos da implantação do curso de Medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz, temos plena convicção de que os nossos objetivos foram alcançados. Sendo o primeiro curso de Medicina do interior da Bahia, qualificamos centenas de médicos dentro dos preceitos exigidos pelo novo paradigma da educação adotado a partir do ano 2001. O fato de o curso já ter sido criado no formato PBL foi um grande diferencial, pois não houve a necessidade de adaptações, o que permitiu a adoção integral deste conceito.

O desafio atual é promover uma melhora contínua da estrutura, com a requalificação dos espaços físicos e dos ambientes de aprendizado, procurando integrar o curso em novas etapas de desenvolvimento. A qualificação e renovação do corpo docente também é uma premissa que visa agregar benefícios da metodologia inovadora adotada na instituição.